segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Conceito de Reaproveitamento da água





O reaproveitamento da água é o processo pelo qual a água, tratada ou não, é reutilizada para o mesmo ou outro fim. Essa reutilização pode ser direta ou indireta, decorrentes de ações planejadas ou não.

- Reaproveitamento indireto não planejado da água: ocorre quando a água, utilizada em alguma atividade humana, é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada a jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada. Caminhando até o ponto de captação para o novo usuário, a mesma está sujeita às ações naturais do ciclo hidrológico (diluição, autodepuração).

- Reaproveitamento indireto planejado da água: ocorre quando os efluente depois de tratados são descarregados de forma planejada nos corpos de águas superficiais ou subterrâneas, para serem utilizadas a jusante, de maneira controlada, no atendimento de algum uso benéfico. O reuso indireto planejado da água pressupõe que exista também um controle sobre as eventuais novas descargas de efluentes no caminho, garantindo assim que o efluente tratado estará sujeito apenas a misturas com outro efluentes que também atendam ao requisitos de qualidade do reuso objetivado.

- Reaproveitamento direto planejado das águas: ocorre quando os efluentes, após tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local do Reaproveitamento, não sendo descarregados no meio ambiente. É o caso com maior ocorrência, destinando-se a uso em indústria ou irrigação.

- Reciclagem de água: é o Reaproveitamento interno da água, antes de sua descarga em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposição. Essas tendem, assim, como fonte suplementar de abastecimento do uso original. Este é um caso particular do Reaproveitamento direto planejado.

Cerca de 97,5% da água no planeta é salgada e está nos oceanos, 2,5% é doce sendo que deles, 2% estão nas geleiras, e apenas 0,5% está disponível nos corpos d'água da superfície, isto é, rios e lagos, sendo que a maior parte, ou seja, 95%, está no subsolo, que é, portanto a grande "caixa d'água" de água doce da natureza.
Mas se compararmos como essa água doce se distribui no Globo, e como a respectiva população, está distribuída, vamos verificar que ela está "mal distribuída": há partes da Terra realmente com falta crônica desse precioso líquido. O Brasil está muito bem neste aspecto, pois tem cerca de 12% de toda água doce existente na Terra, mas diríamos que sob o ponto de vista de utilização humana, a mesma está "mal distribuída". O destino da água em casa no Brasil, cerca de 200 litros diários, é: 27% consumo (cozinhar, beber água), 25% higiene (banho, escovar os dentes), 12% lavagem de roupa; 3% outros (lavagem de carro) e finalmente 33% descarga de banheiro, o que mostra que, tanto nas cidades como nas indústrias se existirem duas redes de água, reusando "água cinzenta" (que são as águas resultantes de lavagens e banho) para descarga de latrinas, pode-se economizar 1/3 de toda água.


Formas de preservar a água




- Membranas Filtrantes (Osmose Reversa)
A tecnologia de Membranas Filtrantes tem se desenvolvido técnica e comercialmente aceleradamente nos últimos anos, sendo que o custo fixo de instalações e de operação tem baixado muito ultimamente; há até quem prenuncie que se transformarão em breve em "commodities". Existem muitas situações onde a dessalinização de água marinha, ou a simples e pura potabilização de esgotos é a única alternativa disponível.
Cingapura, que compra água da Malásia, está tratando de convencer sua população a beber a "New water", água de esgoto potabilizada, muito mais barata que a comprada de seu vizinho acima citado. O uso de esgoto potabilizado (água reciclada) para recarregar os reservatórios antes do tratamento para produzir água de beber é uma prática nos EUA há mais de 20 anos. E estudos não mostraram evidências de nenhum efeito adverso à saúde.

- Aproveitamento de águas de Chuva
As águas de chuva são encaradas pela legislação brasileira hoje como esgoto, pois ela usualmente vai dos telhados, e dos pisos para as bocas de lobo aonde, como "solvente universal", vai carreando todo tipo de impurezas, dissolvidas, suspensas, ou simplesmente arrastadas mecanicamente, para um córrego que vai acabar dando num rio que por sua vez vai acabar suprindo uma captação para Tratamento de Água Potável. Claro que essa água sofreu um processo natural de diluição e autodepuração, ao longo de seu percurso hídrico, como dito anteriomente, nem sempre suficiente para realmente depura-la.
Uma pesquisa da Universidade da Malásia, deixou claro que após o início da chuva, somente as primeiras águas carreiam ácidos, microorganismos, e outros poluentes atmosféricos, sendo que normalmente pouco tempo após a mesma já adquire características de água destilada, que pode ser coletada em reservatórios fechados.
Para uso humano, inclusive para como água potável, deve sofrer evidentemente filtração e cloração, o que pode ser feito com equipamento barato e simplíssimo, tipo Clorador Embrapa ou Clorador tipo Venturi automático. Em resumo, a água de chuva sofre uma destilação natural muito eficiente e gratuita.
Esta utilização é especialmente indicada para o ambiente rural, chácaras, condomínios e indústrias. O custo baixíssimo da água nas cidades, pelo menos para residências, inviabiliza qualquer aproveitamento econômico da água de chuva para beber. Já para Indústrias, onde a água é bem mais cara, é usualmente viável sim esse uso.
O Semi árido Nordestino tem projetos onde a competência e persistência combatem o usual imobilismo do ser humano, com a construção de cisternas para água de beber para seus habitantes.

- Recarga do Aqüífero
No Campo ou mesmo nas Indústrias diríamos que uma alternativa muito boa é a recarga forçada do aqüífero, pois já dissemos anteriormente que cerca de 95% da água doce do Planeta está estocada no subsolo, que tem sido a grande "Caixa D'Água" da natureza.
Hoje em dia, porem, a enorme maioria de Indústrias, condomínios, em todo Brasil, está largamente construindo cada vez mais poços profundos: de maneira geral, pode-se dizer que sua produção está em decadência, pois a "procura" supera muito a "oferta".

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